quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A voz do Mestre Egberto Gismonti ecoa no Encontro Internacional das Culturas Populares



E um dos destaques do Vozes de Mestres 2013 é a presença do convidado mais que especial Egberto Gismonti, que participará de uma roda de conversa, falando sobre o “ofício de mestre, viver de música”. Egberto atendeu ao pedido da curadoria do encontro à sua maneira Gismonti de ser: artista, original, sensível, sincero, cativante, um mestre!

"Convidamos o músico Egberto Gismonti para vir participar do VOZES DE MESTRES e dissemos a ele: - Aceite, por favor, mestre, o senhor vem para falar do que o senhor quiser! E ele sabiamente nos respondeu: - Mas qualquer que seja o tema ou lugar eu sempre falo do que eu quero. Achei linda a resposta do professor. Ouvi-lo falar do que ele quer é invariavelmente um presente. Sem exageros, é quase uma experiência sensorial. Dentro do que ele quer mora tanta mestrança, tanta sabedoria, tanta resposta, tanto alento, tanta música, tantos caminhos, tanta vida. Afinal, são mais de 40 anos de serviços prestados, de dedicação absoluta. Gismonti é um bandeirante incansável que educa e dá a mão. É um bruxo de sons que passeiam dentro da gente e desaguam no mar da nossa abundância. Músico cada vez mais requisitado para escrever para orquestras ao redor do mundo, a oportunidade de escutá-lo vem se tornando cada vez mais rara e preciosa. Ele fala de coisas que já sabemos. Ele fala de coisas que ainda não sabemos. Ele fala de coisas que rezamos para um dia saber também". (Déa Trancoso)
Foto: Cláudia Brito

A Roda de Conversa "Ofício de Mestre. Viver de Música", acontece no dia 08 de dezembro, às 14h, na Funarte-MG.

Foto: Diana Gandra, 2009


Multi-instrumentista, compositor, arranjador e produtor musical. Neto e sobrinho de músicos, iniciou os estudos de piano aos seis anos de idade, no Conservatório de Música de Nova Friburgo (RJ). Foi aluno de Jacques Klein e Aurélio Silveira. Em 1968, viajou a Paris e teve como professores de análise e orquestração Nádia Boulanger e o compositor Jean Baralaque, um discípulo de Schoenberg e Webern. Transitou dos teclados (piano acústico, piano elétrico, sintetizador e órgão) aos violões de seis, oito, 10, 12 e 14 cordas, e realizou experimentações com vários tipos de tons e sons, utilizando flautas indígenas (ocarina e jacuí), kalimbas e sinos. Sua música integra o erudito e o popular.



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