E um dos destaques do Vozes de Mestres 2013 é a presença do
convidado mais que especial Egberto Gismonti, que participará de uma roda de
conversa, falando sobre o “ofício de mestre, viver de música”. Egberto atendeu
ao pedido da curadoria do encontro à sua maneira Gismonti de ser: artista,
original, sensível, sincero, cativante, um mestre!
"Convidamos o músico Egberto Gismonti para vir
participar do VOZES DE MESTRES e dissemos a ele: - Aceite, por favor, mestre, o
senhor vem para falar do que o senhor quiser! E ele sabiamente nos respondeu: -
Mas qualquer que seja o tema ou lugar eu sempre falo do que eu quero. Achei
linda a resposta do professor. Ouvi-lo falar do que ele quer é invariavelmente
um presente. Sem exageros, é quase uma experiência sensorial. Dentro do que ele
quer mora tanta mestrança, tanta sabedoria, tanta resposta, tanto alento, tanta
música, tantos caminhos, tanta vida. Afinal, são mais de 40 anos de serviços
prestados, de dedicação absoluta. Gismonti é um bandeirante incansável que
educa e dá a mão. É um bruxo de sons que passeiam dentro da gente e desaguam no
mar da nossa abundância. Músico cada vez mais requisitado para escrever para
orquestras ao redor do mundo, a oportunidade de escutá-lo vem se tornando cada
vez mais rara e preciosa. Ele fala de coisas que já sabemos. Ele fala de coisas
que ainda não sabemos. Ele fala de coisas que rezamos para um dia saber
também". (Déa Trancoso)
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Foto: Cláudia Brito |
A Roda de Conversa "Ofício de Mestre. Viver de Música", acontece no dia 08 de dezembro, às 14h, na Funarte-MG.
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Foto: Diana Gandra, 2009 |
Multi-instrumentista,
compositor, arranjador e produtor musical. Neto e sobrinho de músicos, iniciou
os estudos de piano aos seis anos de idade, no Conservatório de Música de Nova
Friburgo (RJ). Foi aluno de Jacques Klein e Aurélio Silveira. Em 1968, viajou a
Paris e teve como professores de análise e orquestração Nádia Boulanger e o
compositor Jean Baralaque, um discípulo de Schoenberg e Webern. Transitou dos
teclados (piano acústico, piano elétrico, sintetizador e órgão) aos violões de
seis, oito, 10, 12 e 14 cordas, e realizou experimentações com vários tipos de
tons e sons, utilizando flautas indígenas (ocarina e jacuí), kalimbas e sinos.
Sua música integra o erudito e o popular.
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